Djavan Caetano Viana (Maceió, 27 de janeiro de 1949) é um cantor, compositor e violonista brasileiro.
Djavan combina tradicionais ritmos sul-americanos com música popular dos Estados Unidos, Europa e África. Entre seus sucessos musicais destacam-se, "Meu Bem Querer", "Oceano", "Se...", "Faltando um Pedaço", "Esquinas", "Seduzir", "Pétala", "Lilás", "A Ilha", "Fato Consumado", "Álibi", "Azul", "Cigano", "Sina" e "Serrado".
Biografia
Nascido em Maceió, capital de Alagoas, filho de uma mãe afro-brasileira e de um pai neerlando-brasileiro.[1] Sua mãe, lavadeira, entoava canções de Ângela Maria e Nelson Gonçalves. Aprendeu violão sozinho na adolescência. Sempre gostou muito de jogar futebol.
Aos dezoito anos, formou o conjunto Luz, Som, Dimensão (LSD), que tocava em bailes de clubes, praias e igrejas de Maceió. No ano seguinte, Djavan largou o futebol e passou a dedicar-se apenas à música.
Em 1973 foi para o Rio de Janeiro onde teve ajuda do radialista Edson Mauro, que o apresentou a Adelzon Alves, que o levou para o produtor da Som Livre, João Mello que lhe deu a oportunidade de gravar músicas de outros artistas para as novelas da Rede Globo: "Alegre menina" (Jorge Amado e Dorival Caymmi), da novela "Gabriela"; e "Calmaria e vendaval" (Toquinho e Vinícius de Moraes), da novela "Fogo sobre terra".
O reconhecimento aconteceu mesmo em 1975 quando participou do Festival Abertura e conquistou o segundo lugar com a música "Fato consumado". Seu primeiro LP foi em 1976 tendo a faixa "Flor de lis" um de seus grandes sucessos. Em 1978 sua música "Álibi" é gravada por Maria Bethânia, dando nome ao disco de maior sucesso na carreira da cantora.
Em 1981 e 1982 ele recebeu o prêmio de melhor compositor da Associação Paulista dos Críticos de Arte.[2]
As composições de Djavan já foram gravadas por Al Jarreau, Carmen McRae, The Manhattan Transfer, Loredana Bertè, Eliane Elias; e, no Brasil entre outros por Gal Costa, João Bosco, Chico Buarque, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Sua canção de 1988, "Stephen's Kingdom", contém uma participação especial de Stevie Wonder.[3]
Seu álbum duplo gravado ao vivo, Djavan Ao Vivo, vendeu 1,2 milhões de cópias e sua canção "Acelerou" foi escolhida a melhor canção brasileira de 2000 no Grammy Latino.[4] No ano 2000, Djavan recebeu os Prêmios Multishow de melhor cantor, melhor show e melhor CD.[5] Seu álbum Matizes foi lançado em 2007 e ele partiu em turnê pelo Brasil para promovê-lo.
As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "cores". Djavan retrata muito bem em suas composições a riqueza das cores do dia-a-dia e se utiliza de seus elementos em construções metafóricas que nenhum outro compositor consegue nem mesmo ousar. As músicas de Djavan são amplas, confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje Djavan é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada.
Djavan é pai dos cantores Flávia Virgínia e Max Viana e do músico João Viana.
Discografia
- 1976 - A voz - o violão - a música de Djavan
- 1978 - Djavan
- 1980 - Alumbramento
- 1981 - Seduzir
- 1982 - Luz
- 1983 - Para viver um grande amor
- 1984 - Lilás
- 1986 - Meu lado
- 1987 - Não é azul, mas é mar
- 1988 - Bird of paradise (álbum homônio ao Não é azul, mas é mar com versões em inglês)
- 1989 - Djavan (Oceano)
- 1990 - Puzzle of hearts (álbum homônio ao Djavan oceano com versões em inglês)
- 1991 - Flor de Lis
- 1992 - Coisa de acender
- 1994 - Novena
- 1994 - Esquinas (álbum com versões em espanhol de alguns de seus maiores sucessos)
- 1996 - Malásia
- 1998 - Bicho Solto
- 1999 - Djavan Ao Vivo
- 2001 - Milagreiro
- 2004 - Vaidade
- 2005 - Na pista etc
- 2007 - Matizes
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